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Viabilização da Reparação Histórica e Econômica no Brasil



Se, por um lado, reconhecemos que a dívida resultante da expropriação das terras e dos corpos negros e indígenas é impagável, por outro lado, sabemos que as demandas por justiça e reparação são incontornáveis para a realização das promessas não cumpridas pela nossa sociedade democrática e pelos valores que a sustentam. Neste encontro, ampliar horizontes significou estabelecer os termos de uma discussão sobre as possibilidades de realização de uma reparação histórica e econômica centrada em um passado que ainda reverbera no presente do evento racial brasileiro.


Sob uma perspectiva político-social, a proposta foi analisar as demandas em disputa e os consensos historicamente construídos entre diferentes vertentes do movimento negro brasileiro. Em um viés econômico-político-legal, o encontro concentrou-se nas possibilidades de tradução econômica das demandas por reparação histórica. Em forma de pergunta, o que nos orienta nesta Oficina é a questão: que tipo de reparação pode abordar uma dívida que permanecerá sempre impagável?


Vanilda Santos, Gabriela Chaves e Kenia Cardoso reuniram-se para discutir as demandas por reparação econômica no Brasil, a história dessas demandas e suas justificações jurídicas e filosóficas, além dos desafios que ainda precisamos enfrentar para sua efetivação




 


Gabriela Chaves

Economista e Mestre em Economia Política Mundial pela UFABC. Dedica-se a pesquisas relacionadas à formação do sistema capitalista, economia brasileira, feminismo negro, programas de transferência de renda, dentre outros. Fundadora da NoFront - Empoderamento financeiro, plataforma de educação financeira inclusiva que utiliza letras de RAP para o ensino de economia.



Vanilda Santos

É jurista, filósofa e professora. Doutoranda em Direito na Universidade Federal de Santa Catarina. Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia.




Kenia Cardoso

É economista, mestranda em economia política mundial pela UFABC, pesquisadora na Rede do Sul Agrário (Agrarian South Network) e coordenadora do programa de nova economia e desenvolvimento territorial na Fundação Tide Setubal.


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